E o “dia das mães” chegou, o “dia das mães” passou, mas será que deve mesmo existir um dia que precisamos nomea-lo como “Dia das mães”?
Não acho que deveria ser “O DIA DAS MÃES” creio que estes dias são todos os dias desde a concepção de um filho, seja esta concepção fetal ou de coração afinal mãe é aquela que acolhe, que alimenta o corpo e a alma em todos os sentidos de nossas existências.
Então por quê? Por que nomear um dia para tal dia? Acredito que seja comercial ou emocional esta ideia então curiosa que sou pesquisei para saber por quê. Dai encontrei esta explicação:
– “O Dia das Mães é uma celebração que surgiu nos Estados Unidos, sendo fundada por Anna Jarvis, filha da ativista Ann Jarvis. Ele foi criado por Anna como uma forma de homenagear sua mãe, falecida em 1905. Sua criação oficial aconteceu em 1914, por meio do presidente norte-americano Woodrow Wilson.”.
“O Dia das Mães é uma data comemorativa celebrada, no Brasil, no segundo domingo do mês de maio. Nele é homenageado todo o amor, carinho e dedicação que as mães têm com seus filhos. Essa comemoração foi oficialmente instituída aqui por Getúlio Vargas, em 1932, mas fala-se que a primeira celebração do tipo foi realizada ainda na década de 1910”.
Li coisas interessantes vou deixar aqui o link caso vocês também queiram ler.
Enfim, é uma bela homenagem que a senhorita Anna fez a sua mãe, não nos resta dúvidas que para uma mãe não há nada mais gratificante do que receber o reconhecimento de um filho, mas será que este reconhecimento e todas estas homenagens deveriam ser em um dia?
Sim, o “Dia das mães” pode ser um dia para se lembrar com mais atenção o quanto este ser é importante em nossas vidas estando ao nosso lado ou não, sendo uma mãe fetal ou não.
Usando as palavras que ouvi do Paulo Gustavo, humorista morto recentemente ele diz:
– “Família podem ser dois pais, duas mães, um pai e uma mãe, um pai e uma avó, uma tia e um avô, família é amor e amor não tem lugar nem sexo que se defina”.
Ai eu acrescento, mãe também não, mãe é a avó que cuida, que educa, que trata, que da
carinho e também puxão de orelha, mãe é o pai que alimentou, abrigou em seus braços e deu colo na hora de acolher, que ficou bravo e depois deu um sorrisão.
Mãe é aquele ser que está ali do lado, seja ela “chata” (toda mãe é), ou seja, ela quem for, é mãe, então a homenagem precisa ser diária, não é homenagear com presentes, não é homenagear deixando-a um dia sem ir pra cozinha, não é sorrindo naquele dia, não… Para se ter um dia das mães é necessário cultivar carinho, cultivar atenção, cultivar gentileza e sobretudo respeito.
Para se comemorar o “Dia das mães” é preciso muito mais que um telefonema dizendo que “te amo” é preciso cultivar a sementinha do amor, “rega-la” e “aduba-la” todos os dias com pequenas atitudes mesmo que estas fujam da concepção que hoje fazemos do seu amor.
È preciso lembrar que nossas mães foram educadas de uma forma, tentou nos educar de outra forma, talvez mais moderna e é obvio que para os filhos que são pais a maneira de educar também é outra, mais moderna ainda aos seus olhos então o conflito de gerações pode “pesar” nesta forma de demonstração do amor.
Amor é um só, é um sentimento construído, é um sentimento que precisa ser cultivado, não importa, mãe ama, só isto, amor simples e mais nada. O amor dela basta, ela não importa, não se preocupa se o filho a ama, o amor de uma mãe é suficientemente grande para alimentar os dois lados e eu tenho certeza que é por isso que mãe “aguenta tanta borduada”, que mãe consegue ser de verdade “muito forte” quase nunca desmorona.
Eu entendo isso porque também sou mãe e sei que todas que vão me ler vão dizer a mesma coisa: – É verdade.
Então filhos, nós que somos filhos, nossos filhos que são filhos nossos, filhos que são filhos de nossos filhos ou filhos de outras características de mães, não importa, o que vale é cultivar, cultivar o sentimento do “DIA DAS MÃES”, cultivar o que é homenagear uma mãe nos 364 dias de um ano para que naquele dia que aqui no Brasil é o segundo domingo de maio, em Portugal o primeiro domingo de maio, no Reino Unido no quarto domingo da quaresma, na Tailândia 12 de agosto, na Bolívia 27 de maio, na Indonésia 22 de dezembro, no Oriente Médio 21 de março, no Nepal último dia do mês Baishakh que é em abril ou maio, em Israel é no 30º dia de Shevat que é geralmente em fevereiro, na Etiópia é quando termina a estação das chuvas que é entre outubro e novembro, na França é no último domingo de maio, na Nicarágua é dia 30 de maio e assim em diante, possamos entender que todos os dias são dias das mães e quando chegar para cada um de nós este dia todos nós possamos comemorar dizendo É O DIA DAS MÃES, o dia de festejar.
Conhecendo as datas que se comemoram os dias das mães pelo mundo podemos também entender que não é um dia das mães, e é sim DIA DAS MÃES, aquele dia que vamos apenas fortalecer ainda mais aqueles laços tão bons que entrelaçaram e muita das vezes ainda entrelaçam nossos corações desde o anuncio da fecundação, de fortalecer ainda mais os laços daqueles deliciosos abraços que tanto nos abraçaram e tanto ainda querem nos abraçar.
Lembrarmos que sejam elas quem forem, pretas, brancas, pobres, ricas, cultas ou não, graduadas ou não, calmas ou bravas, escandalosas ou silenciosas, exageradas ou apenas normais elas são todas mães e assim são, apenas as amem, apenas cultivem este amor
E se esta mãe hoje não é mais participativa, se por acaso ela nem se lembra mais quem você é, não se importe, você ainda se lembra que é ela, não a deixe em um canto qualquer, ela pode não mais se lembrar quem você é, mais tenha certeza que do amor ela sempre se lembrará e amor é tão bom de ganhar.
Se sua mãe hoje é “a chata” pense neste particular, toda mãe é chata, toda… não há exceção, mãe implica, mãe da palpite, mãe manda, mãe opina e diz que “assim não tá certo” mas mãe é mãe não tem como não ser então entenda, seja maleável porque amanhã se você também estiver “ em lados trocados” você também vai ser “a chata” do pedaço. rsrsrs
È isso… Feliz todos os dias das mães para todas as mães que são pães, vães e muito mais…
Pense nisso
Gilwanya Ferreira
CRP 04/42417