A independência física e emocional do idoso pode ser possível?

Quando falamos da “independência” de um idoso estamos também citando a sua capacidade funcional que nada mais é do que a capacidade em que o ser humano tem em conseguir se manter quanto às suas habilidades em realizar atividades do seu cotidiano tanto simples quanto complexas e também que possam manter sua autonomia.

É possível sim um idoso manter esta capacidade e ser independente por toda sua vida e para que isto aconteça é necessário que o mesmo mantenha um padrão de vida desde mais jovem, organizando-se para que no avançar da idade “as coisas permaneçam como planejou”.

Para que possamos avaliar a capacidade funcional de um idoso necessitamos utilizar algumas ferramentas que vão nos auxiliar na exploração de algumas possíveis perdas funcionais que são:  – os testes de rastreio cognitivo, risco de depressão, testes de mobilidade e equilíbrio e escalas de avaliação de atividades básicas do dia-a-dia.

É necessário também que se avalie o estado nutricional, os hábitos alimentares as queixas relacionadas à vida social, conjugal (no caso de casais) e familiar além da questão financeira que também influência em muito na independência de um idoso.

Depois das avaliações feitas por profissionais competentes, é necessário que se faça uma entrevista psicológica preferencialmente com um psicogerontólogo (psicólogo geriatra) para que se possa também ser avaliado possíveis sintomas que venham interferir no que diz respeito à sua independência.

Sabemos que com o avançar da idade vários idosos adquirem algumas doenças crônicas tais como diabetes, hipertensão arterial, cataratas, problemas cardíacos dentre outras e estes podem ser considerados cidadãos saudáveis e independentes se mantiverem o controle destas mesmas doenças e seja consciente da necessidade de se manter sempre “alerta” à quaisquer sintomas de alteração  apresentados.

O contrário também é verdadeiro no caso de idosos portadores das mesmas enfermidades e que não “se cuidam” estes cidadãos não podem ser considerados idosos independentes, porque necessitam da vigilância permanente de outro para que sua saúde e sua integridade física se mantenham equilibrada.

O mesmo podemos dizer de idosos com qualquer tipo de demência, pessoas com idade avançada que foram diagnosticados com Alzheimer, Parkinson, acometidos de AVC e vítimas de sequelas do mesmo, dentre outras não podem ser considerados aptos a manterem sua independência nem física nem emocional mesmo possuindo uma independência financeira.

Alguns aspectos relacionados às perdas cognitivas em idosos podem não ser considerados como incapacidade de independência por não afetarem no geral o cotidiano do idoso.

Quando o idoso sozinho consegue fazer sua higiene pessoal, fazer seu próprio alimento, ou alimentar-se sozinho no caso daqueles que tem ajuda de um cuidador, cuidar de suas próprias finanças, vestir-se, fazer suas próprias comparas, dentre outras atividades, este sujeito pode ser considerado como alguém independente perante a sociedade.

Manter uma atividade física regular, estar “conectado” aos acontecimentos do cotidiano, manter um nível de amizade sustentável e duradoura, conseguir absorver os problemas que surjam e não se abalar mais que o digamos, normal são fatores que também caracterizam independência física e emocional do idoso.

Em se tratando do financeiro, é comum nesta fase da vida um gasto mais elevado devido ao uso de medicamentos que controlarão e darão mais estabilidade ao sujeito, porém se o idoso mantiver uma capacidade de gestão financeira adequada o mesmo também pode ser considerado independente financeiro.

Podemos dizer que é de suma importância nestes casos a compreensão de que a idade avançada não pode ser compreendida como um declínio mas sim como o alcançar pleno da maturidade da razão, assim sendo todo cidadão com idade considerada idosa, pode de certa forma manter-se ativo e independente, assegurando sua privacidade e sua dignidade até o fim.

O envelhecer tem seu lado positivo, envelhece aquele que consegue manter-se vivo e ativo. A grande maioria das pessoas após os 60 anos adquirem pelo menos uma doença crônica, mas isso não significa que este não seja ou mantenha sua independência.

Muitos idosos conseguem inclusive viverem sozinhos e não necessitam nem mesmo da ajuda de um acompanhante, eles são capazes apesar da idade de manterem-se totalmente ativos e posso afirmar que esta autonomia é acompanhada do mantenimento da autoestima elevada e consequentemente de uma qualidade de vida superior e diferenciada de muitos da mesma idade.

E assim este é o foco principal do tema de hoje, TODA e qualquer pessoa é capaz de manter sua independência em qualquer idade e mantê-la para toda a vida.

A independência de uma pessoa com mais de 60 anos acaba sendo uma questão de equilíbrio, bom senso e vontade de continuar ativo porque a vida está aqui para ser vivida em cada etapa que estamos e o que importa é termos consciência de que qualquer atitude que tomarmos na juventude e na idade adulta se chegarmos à madures da vida com certeza teremos os reflexos desta época de “olofotes”.

A ajuda e o apoio dos familiares e amigos são importantes, pois o estímulo impulsiona a vontade que impulsiona a ação e ambas fazem com que o idoso principalmente o idoso da atualidade queira ser um indivíduo independente até o “apagar das luzes”.

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira
CRP 04/42417

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