Qualidade de Vida. Fator importante para o desenvolvimento psíquico do idoso.

 

Quando falamos de qualidade de vida normalmente pensamos em ter uma vida boa, tranquila e com todos os recursos que os bens matérias podem nos oferecer, porém falar deste tema é algo muito mais complexo, ainda mais quando estamos falando de qualidade de vida do idoso nos dias atuas.

Para se ter uma qualidade de vida dentro de um “padrão desejável” é necessário entender que qualidade de vida é um termo que pode ser entendido de várias maneiras, é algo subjetivo. Para cada pessoa qualidade de vida tem um significado que qualifica aquilo que é  mais relevante para seu bem estar.

Para que se tenha qualidade de vida nesta faixa etária é necessário ressaltar que vários fatores precisam estar interligados uns aos outros para que tudo aconteça de uma forma ideal.

Fatores físicos, psicológicos, nível de independência tanto financeira quanto pessoal, relações sociais, laser, religiosidade, cultura, entre outros precisam estar sempre em harmonia para que o idoso não se sinta desprotegido em nenhum momento de sua vida o que significa de uma maneira geral que envelhecer mantendo uma qualidade de vida é possível quando se pode estar satisfeito com a vida que vive e que possa manter expectativas sempre positivas quando pensar no futuro.

Idosos que durante seu ciclo de vida puderam manter certo padrão de qualidade de vida hoje conseguem perceber com mais facilidade esta mesma qualidade de vida, claro que dentro dos limites que a idade impõe.

É de suma importância manter sempre este equilíbrio entre as potencialidades e as limitações porque quando se tem consciência de que com o envelhecimento algumas doenças podem surgir e algumas delas podem ser crônicas o próprio idoso consegue manter sua qualidade de vida usando de criatividade e alguma pitada de bom humor.

Pessoas que trabalharam durante longos anos de suas vidas quando chegam à aposentadoria muitas vezes não conseguem mais ter a percepção da qualidade de vida porque sempre fizeram associação entre bem estar e qualidade de vida interligada ao trabalho e a vida ativa, porém não necessariamente precisa ser assim, a aposentadoria não é sinônimo de má qualidade de vida, pelo contrario muita das vezes é exatamente neste período que se alcança a melhor fase da vida.

O fato da interrupção das atividades laborais, físicas, mentais e intelectuais não implica que o sujeito esteja “desativo” e sim que ele pode usufruir com mais liberdade de seu tempo. Aprender administrar suas horas do dia com sabedoria, exercitando sua memória com outras atividades tais como, um novo idioma, um novo ponto de bordado, um novo jogo de cartas, um novo passo de dança, lendo, viajando, fazendo cursos de culinária, mecânica, eletrônica entre outros e muitos outros que hoje o mercado oferece e também teremos que lembrar que exercícios físicos associados à uma  boa alimentação são de suma importância para o mantenimento do bem estar tanto mental quanto físico.

A religiosidade é algo interessante nesta idade, pois quando se chega a um determinado tempo de nossas vidas percebemos com mais clareza o quanto nos faz bem mantermos acesas as chamas da fé. Muita das vezes com o corre-corre dos dias atarefados não temos “tanto tempo” para nos dedicarmos a tal prática.

Orar faz bem, tanto para alma quanto para o corpo, orar eleva a mente estimulando-nos a perceber o quanto somos ativos e o quanto ainda temos de bom para viver.

Qualidade de vida também esta associado a algumas necessidades básicas iguais as necessidades de qualquer pessoa de qualquer idade. Manter o afeto com familiares, a segurança física, financeira e emocional, a simpatia, a autoestima sempre elevada vai fazer com que o idoso sinta – se seguro entendendo que ainda é amado e que sua presença é fator de alegria para os que com ele convive, fator fundamental para o alto nível de qualidade de vida.

A associação do laser à alguma atividade física, mental, e intelectual é fatores de prevenção contra o declínio cognitivo muitas das vezes comum nesta faixa etária até pela falta de atividades constantes.

Participar de grupos de amizades, atividades físicas tal como hidroginástica, natação, caminhada, pedalar (quando ainda se consegue), entre outras atividades; ir ao cinema, peças teatrais, manter um bom relacionamento com vizinhos e amigos próximos, fazer visitas regulares ao médico mantendo os exames básicos em dia, mantém preservada além da memória também a saúde física.

Qualidade de vida então significa poder encontrar novos papeis para uma mesma peça teatral que é nossa vida, é encontrar um novo valor a valores já enraizados, significa sorrir para os dias quando estes dias parecem tristes, é aprender ver novas cores em situações que para muitos são cinza.

Qualidade de vida na terceira idade é buscar a felicidade, é manter o bem estar e o bem viver, é fazer dos novos momentos, momentos novos com novas descobertas.

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira

Psicóloga Clínica

Psicogerontóloga

Capacitada em Sexologia Clínica.

 

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