A música na minha vida. Qual é a influência da música na vida de um idoso

Meu perequitinho verde                                                      Cabocla

Dircinha Batista                                                                                             Nelson Gonçalves

“Meu perequitinho verde                                              Cabocla, teu olhar esta me

Tire a sorte por favor                                                   dizendo, que você esta me
Eu quero resolver                                                         querendo. Que você gosta

Este caso de amor                                                         de mim…
Pois se eu não caso                                                       Cabocla não lhe dou meu coração
Neste caso eu vou morrer                                             Hoje você me quer muito e
O que eu não quero                                                      amanhã não quer mais não…
É depois de me casar                                                    Não creio mais nem em amor nem

Ouvir a filharada                                                            em amizade
Noite e dia a me amolar                                                Vivo só para a saudade
Pois eu juro que não tenho                                            Que o passado me deixou…
Paciência de aturar                                                        A vida para mim não vale nada
“mamãe eu quero mamar”…                                          Desde o dia em que a malvada

O coração me estraçalhou…

Quem hoje com faixa etária de 70 anos não ouviu estas músicas e outras tantas e não suspirou de paixão? … Quem hoje que com seus 70 anos ou mais ou menos, que um dia não ouviu Carlos Galhardo, Orlando Silva, Silvio Caldas, Roberto Carlos, os Fivers e tantos mais e não se lembrou do amor vivido ou do amor que o tempo levou….

Músicas são ritmos diferenciados de entonações, combinações harmoniosas de sons. Sons que podem fazer bem à alma, sons que modificam nosso ritmo cardíaco e nossa emoção.

São tantos os ritmos que movimentam nossas imaginações que nem temos como citar…

Música são forma de arte que acompanha a civilização humana desde os primórdios dos tempos. A música pode acompanhar todos os seguimentos sociais, em qualquer situação ela é bem vinda e na maioria das vezes pode causar movimentos positivos para o homem…

A música pode ser inserida no movimento do nosso corpo e da nossa mente, quando ouvimos música todo nosso sistema corporal entra em sintonia com o ritmo levando o nosso organismo a uma combustão de prazer. Claro que o ritmo, a letra e a voz de quem canta influenciam neste sistema, uma música só traz prazer se ela é aquela que agrada aos nossos sentidos. Se gostamos de bolero quando ouvimos um bolero imediatamente entramos em estado de alerta para prestarmos atenção no ritmo que estamos ouvindo, se é de rock ou de jazz, a sensação é a mesma. O contrário também acontece, se não nos familiarizamos com o som que ouvimos a repulsa pelo som ouvido é imediatamente alertada nos fazendo agir de modo a nos defender da “agressão auditiva”.

Quando aqui citamos a música como algo que pode interferir no estado geral de um idoso estamos nos referindo à melodias rítmicas, elas ajudam no mantenimento da capacidade cognitiva, no estado de humor e no sistema respiratório.

A música é capaz de mudar o ritmo dos batimentos cardíacos, relaxando ou excitando. A música pode alterar a qualidade de vida de um indivíduo porque afeta a sua percepção e seus sentimentos.

Um idoso independente e autônomo que consegue manter uma vida equilibrada, que pratica esportes e cuida de sua saúde tanto mental quanto física, que faz da música uma inserção automática de seu cotidiano com certeza  é um idoso “alegre”. Como já escrevemos sobre o quanto a felicidade interfere na saúde, este idoso terá maiores chances de ter uma vida longa e prazerosa.

Quem nunca ouviu o antigo ditado que diz: “Quem canta seus males espantam”. Os antigos já conheciam a música como terapia e alívio para as dores e faziam dela um “remédio” para os males tanto da alma quanto do corpo.

Se prestarmos atenção a música “esta no ar” todo tempo de nossas vidas, a música está nos consultórios médicos, nas salas de espera, nas festas de aniversários, em eventos tais como formaturas, batizados, nos cultos religiosos, e até mesmo nos funerais,  porque a música tem o poder de socialização, de prevenção, de comunicação, de relaxamento, de introspecção, de motivação e de aprendizado.

A música melhora o estado geral do organismo, a música ativa e estimula à memória, a capacidade funcional, a música pode facilitar o convívio entre idosos e até mesmo o relacionamento entre gerações.

Para um idoso a música pode inclusive ser um ativador das lembranças, de acordo com a música que se ouve pode o idoso “se transportar” à tempos passados, isto faz com que ele estimule sua memória para que consiga  recordar a letra cantada e na maioria das vezes cantar também.

É comprovado por estudos feitos com idosos de várias idades que vivem com suas famílias, em instituições de longa permanência, sozinhos ou com amigos que a música quando é algo inserido naturalmente em suas vidas pode aliviar o estado de ansiedade e de depressão, pode aumentar a autoestima estabelecendo perspectivas de um futuro mais longínquo. A música pode estimular também as habilidades de evocação, manutenção, organização e de informação.

Idosos que cantam pelo menos 2 vezes por semana apresentam um estado de alerta muito distinto dos daqueles que permanecem na inercia de seus dias.

Idosos “cantantes” conseguem manter seus pulmões mais ventilados evitando inclusive a tão temida pneumonia.

Idosos “cantantes” sentem – se mais felizes, seus corações são fortes, sua corrente sanguínea tem maior capacidade de vazão proporcionando um estado geral de bem estar tanto físico quanto mental e emocional e consequentemente uma qualidade de vida e um bem viver diferenciado dos demais idosos

Não basta apenas que um idoso cuide de sua saúde física, cuidar da saúde emocional também é de suma importância e familiares, amigos, cuidadores que convivem com idosos devem estimula-los à ouvirem música, incentivando o canto  e também o acompanhamento do ritmo através das mãos, pés, pela dança ou qualquer que seja o movimento estarão estimulando a capacidade que aquele idoso tem de observar, agir e interagir com os demais. A música produz reações emocionais e verbais e não verbais, eleva a produção de serotonina. Quando o idoso pode ter este padrão de vida com toda certeza ele se sentirá inserido no contexto que vive, terá mais tranquilidade emocional e consequentemente sua autoestima elevada.

Portanto, vamos ouvir, cantar e dançar, Música só faz bem à alma e ao coração….

Pense nisso.

Um abraço carinhoso

Gilwanya Ferreira

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