Convivio entre idosos e criança, uma relação do bem.

 

Idosos e crianças, uma combinação não muito imaginada principalmente quando se pensa em idosos de uma idade mais avançada, porém este preconceito esta sendo jogado por terra, pois estudos indicaram que idosos que podem ter a oportunidade de conviverem com crianças conseguem melhorar sua capacidade de percepção, melhoraram o humor, a autoestima, a socialização com colegas da mesma idade, assim como também obtém uma melhora significativa no que diz respeito à saúde física.

Sabemos que muitas crianças precisam ser cuidadas pelos seus avós por diversas razões e este convívio só faz bem a ambos, pois, a troca de saberes e afetos engrandecem as gerações, avós aprendem com seus netos e netos com seus avós.

Despertar o desejo da criança para este convívio assim como dos idosos não é uma tarefa muito fácil, pois são mundos totalmente diferentes e é ai que a família, professores, educadores, cuidadores, psicólogos, psicogerontólogos e outros profissionais podem ajudar, mostrando para ambas as gerações quais os benefícios que esta convivência trará a longo prazo.

Crianças que convivem com idosos aprendem a respeitar as diferenças e a conhecer o quão é importante valorizar o conhecimento de cada um, aprendem sobre o processo natural do envelhecimento já que passam a conviver com esta geração e assim compreendem com mais facilidade as possíveis deficiências e dificuldades desta etapa da vida criando a partir desta convivência laços afetivos mais sólidos.

Já os idosos, se beneficiam tanto fisicamente quanto psicologicamente, pois a interação entre eles fará com que o idoso de alguma forma se movimente, o que pode ser excelente para sua saúde física. Psicologicamente falando a estimulação desta área é significativa, pois despertará dentre outros estímulos o estímulo cognitivo, quando este, através de histórias do passado resgatará sua própria identidade.

Aprender a respeitar a subjetividade de cada um fará com que a criança aprenda com a convivência que a vida é imperfeita e que nem sempre podemos ter tudo aquilo que queremos, os idosos possuem uma forma sutil de mostrar isso a eles e o amor entre estas gerações fará toda diferença.

Estimular esta convivência despertará tanto na criança quanto no idoso um senso de responsabilidade ainda maior, pois ambos estarão lidando com sentimentos.

A criança saberá até onde pode “cobrar” do idoso aquilo que ela deseja assim como o idoso também conhecerá os limites da criança.

Ensinar as crianças que certos atributos pejorativos podem causar sérios problemas a estes indivíduos mostrando-as que a sociedade reduz as oportunidades, os esforços e movimentos, impondo também a perda da identidade social e consequentemente uma imagem deteriorada do que realmente são, vai fazer com que esta criança aprenda a valorizar cada idoso exatamente como é e tudo isto ajudará a ambos na interação dia-a-dia, e assim também vão poder desenvolver suas habilidades intelectuais, sociais, espirituais e desta forma o processo de troca de conhecimento acabará por ser algo natural e incorporado quando elas forem adultas.

Para o idoso esta convivência também é um estímulo cognitivo, pois ele se sentirá útil, podendo ultrapassar o isolamento e valorizar sua autoestima.

Portanto, quando ensinamos às crianças os benefícios de se conviver com a velhice, elas, naturalmente, percebem o idoso como um ser humano que tem sentimentos, experiências e sabedorias.

Estimule este convívio, pois além do carinho e da troca de conhecimentos e experiência de vida  eles poderão ouvir histórias gostosas, que vai fazer bem a toda família.

A relação de o afeto para com os familiares pode ter uma mudança brusca para melhor, e consequentemente vão fazer com que as crianças se tornem adultos felizes e saudáveis e os idosos terão um bem viver totalmente diferenciado.

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira

Psicóloga Clínica

Psicogerontóloga

Capacitada em Sexologia Clínica.

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