“A maneira com que olhamos para o mundo tem direto impacto sobre como perceberemos a nossa realidade.

Visões e abordagens positivas tendem a ter efeitos psicológicos também positivos na percepção da realidade vivida no momento tais como: bom humor, sistema imunológico mais eficiente e índices mais baixos de stress e ansiedade,

Em contrapartida, enfrentar o mundo de forma negativa tem efeito oposto potencializando a tristeza, desanimo desmotivação e, em casos extremos condições como angustia e depressão.”

E depois que tudo isso passar, como estaremos nós que na “melhor idade” ainda enfrentamos e lutamos para vencer tal situação?

É, o mundo e no mundo só se fala de COVID 19, de CORONA VIRUS, não há outro tema em foco na atualidade. Isolamento social, lave bem as mãos com água e sabão, passe álcool em gel ou use álcool 70, faça uso obrigatório de máscaras, é preciso o fechamento do comércio não prioritário.

Medo, pânico, incertezas, excesso de informações, sensacionalismo, tanto se fala de um momento tão incerto e tão real quanto o que estamos passando. Jamais no planeta terra se viveu tamanha “revolução interna” todos os seres humanos estão sendo afetados de alguma forma, não há exceções, hoje a “luta” é pela sobrevivência, pela vida, viver é o que todos nós agora estamos sentido ser o mais importante.

Li outro dia o depoimento de uma filha de um banqueiro que foi “pego de surpresa pelo Vírus da morte” e infelizmente não resistiu, veio a óbito. No depoimento ela dizia:

“A fortuna de minha família não foi capaz de salvar meu pai que morreu buscando algo que é nos dado grátis, o ar”.

Não discutindo aqui se é fake ou não o que quero resaltar é o que valemos diante do que temos o que somos nós diante do que temos de bens materiais ou não.

De que vale hoje ter um “carro 0” na garagem que valeu mil ou milhões de reais? De que vale tantas roupas de “grife” se não podemos “desfilar” mostrando a todos o que elas valem?

De que valem os sapatos Manolo Blahnik, os Gucci, Alexandre MacQueen dentre outros tantos se não podemos mais sair pelas ruas?

De que valem tantas joias tão valiosas quando a vida está à um fio?

De que valeram os empresários e suas grandes empresas se seus funcionários não puderam mais produzir?

De que valeram aqueles que não viam nos humildes a grande valia de suas funções, a função dos garis que limpam nossas cidades, dos enfermeiros e médicos que “na linha de frente” esforçam-se para salvar quantas vidas sejam possíveis salvar e tantos outros profissionais que de alguma forma nunca foram “vistos” ou valorizados”.

Não, não valemos mesmo nada quando “somos feitos do que temos” nada não é permitido “levar” e neste período que hoje estamos passando nem mesmo “roupas bonitas” são nos permitido vestir, como morremos somos “levados”, somos embalados como mercadorias, hermeticamente fechados para não proliferarmos ainda mais o vírus mortal.

Então o que será mesmo do mundo depois que tudo isso passar?

Não quero ser demagoga, não é do meu interesse aqui manipular qualquer opinião, mas de verdade eu entendo que estamos todos nós passando por uma transição universal de valores, foi preciso “esta bomba” para abrir os olhos de todos os humanos da terra no que diz respeito ao respeito pelo outro, a discriminação social , à compreensão do homem para a valorização da natureza e o que ela nos oferece, ao respeito pelos rios e mares que deles podemos sacar nosso alimento, pelo respeito à terra que nela tudo que plantamos dá, pela fé em um Criador Único que é o Dono disso tudo e que nos “emprestou” para vivermos um aprendizado de crescimento e valorização de quem somos.

De verdade eu acredito que toda inteligência não é nada e de nada vale quando não podemos dela fazer o bem, que todas as conquistas não nos são úteis quando não reconhecemos o valor de cada etapa até a elas chegarmos.

É do nosso suor que vem a melhor vitória, é do nosso esforço que vem o êxodo da vida, portanto mesmo nós que hoje estamos no que todos chamam de “melhor idade” precisamos reconhecer que alguns de nós temos “em média” apenas ¼ de vida para se viver que vivemos outros ¾ sabe-se lá como e que agora é olhar para frente acreditando que ainda somos e que podemos muito mais do que pensamos poder. 

Nós que ainda temos o privilégio de sermos seres ainda “independentes” física e emocionalmente preservados temos a “obrigação” de encarar mais esta etapa de nossas vidas e enxergar como aprendizado de crescimento e valorização ainda maior de tudo que vivemos, reconhecendo que as lamurias e as queixas de tantas “picuinhas” de nada valeram ou valem, que hoje PRECISAMOS mesmo na idade que estamos crescermos, porque de que valeu reclamar que “o filho não veio visitar” que o amigo esqueceu de ligar, que fulano não nos convidou para tal festa ou para ir viajar, de nada valeu, hoje estamos confinados entre 4 paredes, muitos de nós sozinhos outros com seus companheiros, mas, sozinhos estamos nos virando e aproveitando (para quem pode) da tecnologia para nos aproximar daquele que amamos.

Quantos netos nasceram que avós ou avôs não puderam conhecer além de que pela câmera de um celular, quantos amigos morreram e nem velá-los pudemos nós porque os “cuidados” foram maiores que o desejo da “despedida”, quantas festas de aniversário se passaram que não pudemos festejar. Tantas, tantas mudanças precisamos enfrentar e nos adaptar, este é o mundo que hoje estamos vivendo.

Mas, como tudo passa, esta etapa da vida também vai passar, e quando tudo “voltar ao normal” vamos ter a certeza de que de verdade nada “normal” poderá ainda ser.

O planeta estará mais belo, as flores da próxima primavera serão mais coloridas, os rios que foram tão prejudicados pela ignorância humana vão poder correr seus percursos jorrando vida para as vidas que deles dependem, os homens vão olhar para os animais e reconhecer o valor que cada um representa neste imenso ecossistema chamado vida, os mares, as florestas, o sol, a lua, tudo terá mais beleza diante dos olhares daqueles que a muito tempo não os viam.

Acredito que seja este o objetivo deste “alerta” que hoje estamos passando, um Grito para SALVAR as vidas do universo chamado Terra um alerta para nos mostrar que um dia Deus pela Torre de Babel separou os povos e que hoje pela luta pela vida une novamente todo o mundo.

Então, acreditemos que todos nossos pensamentos direcionam nossas vidas, pensando positivo atrairemos positividade, acreditando teremos novas oportunidades mesmo estando nós na MELHOR IDADE.

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira

CRP 04/42417.