A explosão dos novos dos sessentões

Foi o tempo que ter 60 anos era ser “velho” hoje com as novas perspectivas de vida e com o suporte da medicina, o ser humano tem condições de se manter “jovem” por muito mais tempo. Os nascidos entre 1950 a 1960(um pouco menos um pouco mais), os chamados novos sessentões da atualidade são pessoas ativas, que participam da vida ainda com vigor, saúde e alegria e se sentem muito longe de serem considerados “velhinhos aposentados”.

Muito deles programaram-se para encerrar suas atividades laborais em uma determinada idade, mas não pensando em parar e sim passar de uma fase para outra, apenas isso. Uma nova fase onde poderão curtir os seus dias livres, planejar novas aventuras e viagens que ficaram nos sonhos, eles querem conquistar a vida sem medo de serem felizes.

Chegar aos 60 anos com saúde e bem estar depende de vários fatores que envolvem o físico, o emocional, o financeiro e o sociocultural e ter 60 anos não significará não assumir a idade que tem mais sim, deixa-la apenas ser uma marca cronológica em suas vidas e seguir aproveitando todos os momentos que podem para realizar sonhos que ficaram para trás ou criar novas oportunidades que poderão ser inusitadas.

No mundo atual sabemos que em torno de 65% das mulheres com esta faixa etária vivem sozinhas, são independentes financeiramente e responsáveis por suas vidas já os homens, são 31%, o que significa que as mulheres hoje fazem toda diferença, encaram a vida com outro prisma, conseguem entender que podem ser pessoas independentes e “donas de suas decisões”, não importa que tenham sessenta ou mais anos, o que é relevante é que são “sempre poderosas naquilo que se propuseram ser”. De toda maneira tanto para as mulheres quanto para os homens esta é a hora de conquistar na vida a vida exatamente da maneira que queriam ter e que muitas  não puderam ter.

Serem livres e estarem sem as amarras que os prendam aos preconceitos e aos estereótipos hoje já tão “fora de moda” é o que eles querem. Manter a saúde tanto sempre em dia é o que eles fazem.

Muitos dirão que esta nova geração dos sessentões estão “loucos” ou que com certeza são “velhos gagas”, rótulos predeterminados devido a não aceitação de que um novo grupo de pessoas que com suas experiências, conhecimentos culturais, sabedorias de vida, dentre outros vão fazer toda diferença aonde chegarem, até porque,  sabemos que quando um grupo de sessentões entra, todo entorno se modifica.

Os novos sessentões não são mais aqueles “senhorzinhos” que passam horas e horas “corando” no sol de suas varandas ou jogando xadrez com seus “amiguinhos”, não são mais aquelas “velhinhas” sentadas em suas cadeiras de balanço fazendo crochê ou bordando, olhando os netinhos e fazendo guloseimas para família. Não, hoje esta gente esta nos shoppings com a “galera”, está no mar surfando, nas academias malhando, nas ruas andando, se aventurando nos saltos de paraquedas e se deliciando nos voos de asa delta e ainda eles estão trabalhando,estão nos cafés com os amigos e nas noites de balada previamente programadas.

Eles estão ai, preparados para enfrentarem novas etapas de suas vidas, sorrindo com mais liberdade, amando, casando, descasando, tendo filhos da idade de seus netos, reconquistando novos e diferentes trabalhos. 

Eles não são mais aqueles vovôs ou vovós que apenas servem para contar histórias, são companheiros de futebol ou de vídeo game, são parceiras de caminhada e de natação, sabem se maquiar e muito bem bailar.

São os vovôs e vovós da nova geração, que competem o modelo do tênis, jogam basquete, jogam vôlei e também bolinhas de sabão e nunca deixam de curtir a nova moda da estação.

Não são mais os vovôs de calções ou as vovós de coquinhos e cabelos brancos, são as vovós e vovôs que entendem de computador, discutem no Whatsapp e postam no Facebook, sabem o que é ter um Instagram e já também tiveram um Orkut e um ICQ.

Eles estão ai, eles chegaram sem medo de serem felizes, estão entrando sem pedirem licença querendo apenas mudar o rumo de suas caminhadas. Estão conquistando uma nova vida e estes novos sessentões sabem bem que a vida não acaba com a chegada da idade e sim que ela apenas se renova, recebe uma nova roupagem, uma nova florada e que nesta nova primavera novos frutos podem ser colhidos e que o grande lance dessa jogada é participar, ser ativo e ser feliz.

Pense nisso

 Gilwanya Ferreira

CRP 04/42417

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