Felicidade, um estado de espírito singular.

Encontrar a felicidade nem sempre é tão simples como imaginamos e ainda temos “a triste” ideia de que a felicidade depende de outros fatores tais como estar acompanhado por alguém, possuirmos algo que sempre sonhamos, alcançar um bom emprego, ser reconhecido profissionalmente, ter estabilidade financeira, dentre outros, esquecendo-se que a felicidade não pode estar baseada nestes fatores uma vez que estas condições são considerada como estado de alegria e não a tão sonhada felicidade.
Aqui queremos enfatizar a felicidade como algo singular, subjetivo, nato de cada ser. Qualquer um de nós tem a capacidade de ser feliz basta apenas “aprender” e “aceitar” que a felicidade vive dentro de cada um de nós, que para sermos felizes precisamos nos encontrar, aprender a nos conhecer e descobrir nas pequenas coisas a felicidade e que ela não pode ser algo que dependerá do outro ou de outra coisa para nos completar, ela é nossa e em nós habita desde o ventre materno.
Alguns estudos apontam que considerar-se uma pessoa saudável pode ser um índice atenuante da felicidade, outros apontam a fé, a crença e a religiosidade.
Quando se tem mais de 60 anos a questão felicidade se torna algo ainda mais “interessante” de se alcançar e até mesmo de se manter.

Aquele que consegue chegar nesta faixa etária e consegue sem rodeios dizer ser uma pessoa feliz pode ser considerado alguém privilegiado, porque nos dias atuais com tantos transtornos que vivemos é difícil a tarefa de manter a felicidade como algo permanente e não apenas como estado de alegria (felicidade passageira).
Ser feliz depende única e exclusivamente de cada um de nós e não esperar que a felicidade venha de outra pessoa pode ser considerado como algo inédito. A felicidade precisa enraizar-se dentro de cada um de nós para que possamos suportar as intempéries da vida.
Sabemos que nem sempre é fácil, mas o equilíbrio emocional também é um fator extremamente importante para o mantenimento da felicidade, uma pessoa “equilibrada” é alguém capaz de diante das dificuldades encontrarem a paz necessária para ainda assim considerar-se alguém feliz.
Pessoas de espírito forte geralmente são pessoas felizes porque naturalmente ela fortalece a felicidade e não permite que nada abale esta condição tão peculiar de viver.
Claro que as pessoas que nos rodeiam principalmente aqueles que amamos tem porcentagens significantes na felicidade que sentimos, porém é importante ter a consciência de que estas apenas estimulam nossa alegria, elas nos aguçam, aguçam nossa alegria e este estado é o alimento da felicidade e não a condição permanente que aqui citamos.
A felicidade pode ser sentida todos os dias de nossas vidas, ela pode ser algo tão natural que mesmo a mais intensa dor não consegue modificar esta condição.
Um ser feliz é um ser especialmente “diferente,” ele reconhece nas dificuldades a grandeza de ser alguém feliz.
No mundo em que vivemos infelizmente as lamentações tem um peso significante na vida do ser, não é tão simples conseguir manter a estabilidade plena das energias que compõem nosso ser.

Nossa vida pode ser considerada e comparada a uma enorme roda gigante onde passageiros que nela embarcam hora estão em cima, hora estão em baixo e hora estão no meio. Algumas vezes estacionam em cima outras em baixo e outras no meio, mas sempre com a certeza de que ela está em movimento e que a qualquer momento esta condição se modificará, portanto quando conseguimos entender que não necessitamos sermos calmos o tempo todo, que não necessitamos ser serenos  sorridentes às 24 horas do dia, e que a ansiedade assim como o medo e a irritação são passageiras, que tudo com o tempo se resolvem e se conseguirmos reagir de acordo com cada situação sem perdermos nosso equilíbrio, conseguiremos com certeza manter o estado de felicidade sempre em um patamar favorável até mesmo para nossa saúde física.
Felicidade para a psicogerontologia não é ser dono de uma riqueza material e tão pouco ser alguém que tudo pode e tudo tem, pelo contrario ser feliz é ser um ser equilibrado tanto física quando emocionalmente falando, ser feliz é saber tirar o melhor de cada situação que surja e dela fazer o que for melhor, crescer diante das dificuldades enfrentadas e aprimorar-se a cada dia quanto ser um ser vivo e intelectualmente responsável.
Ser feliz é saber dosar as emoções, das dores tirar o que ela tem de melhor, dos momentos tristes entender que eles são passageiros, dos dias de decepção encher-se de coragem e garra para em outros dias poder viver em paz.
Ser feliz é entender que os problemas são apenas “temperos” da vida, uns mais “quentes” outros “menos salgados” que como diz a música de Roberta Campos “a vida é um trem bala que em cada estação muitos saem, mas também outros tantos entram” e  desta “multidão” muitos amigos podemos ganhar, que os sonhos que sonhamos durante nossa vida precisam ser realizados, mas que com os passar dos anos muitos deles se “perdem” pelas estradas e não conseguimos resgatá-los e que não seja por este motivo que deixaremos de “sonhar”.
Portanto ser feliz é essencialmente necessário, sentir-se feliz todos os dias seria o ideal, mas o ser humano por ser um ser tão complexo precisa sofrer para aprender a ser feliz e nesta perspectiva “crescer” e fortalecer para aprender que a felicidade está em cada um de nós e que seremos sempre nós mesmos os responsáveis para que ela permaneça sempre conosco ou que nos abandone em um “canto qualquer” nos fazendo seres “sem vida” e infelizes.
Quem aprende e pratica a felicidade consegue ser um ser iluminado e harmônico, ser um ser de luz que irradia luz à aqueles que o cercam.
Portanto, pratique a felicidade que logo, logo você sentirá os efeitos positivos que ela trará a cada amanhecer, pratique a felicidade e um ser feliz você será.
Pense nisso.
Gilwanya Ferreira

CRP 04/42417

 

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