Masturbação na maturidade,Um prazer que sempre foi reprimido

 

É na infância que se inicia a vivência da sexualidade e estudos comprovam que é no ventre materno que o bebe experimenta suas primeiras “aventuras” relacionadas à masturbação.
Pesquisadores afirmam que ambos os sexos praticam com frequência a masturbação fetal, porém é o sexo masculino por apresentar seus órgãos genitais externos que a incidência é maior e mais comum.
A vivência da sexualidade na maturidade nada mais é do que a simples continuação de todo um processo vivido ao longo de todos os anos.
Masturbar significa dar prazer ao corpo por meio de toques tanto das mãos quanto induzido por qualquer instrumento adequado a esta prática.
É na masturbação que o sujeito além de fortalecer a atividade sexual tem a oportunidade de conhecer seu próprio corpo e quais estímulos são mais prazerosos no momento do toque.
A masturbação é a manifestação da sexualidade mais comum tanto entre homens quanto entre mulheres desde a infância até a idade madura. No entanto ainda nos dias atuais quando falamos de masturbação nos deparamos com mitos, mitos estes que foram impostos pela sociedade que vivemos, pela cultura desta mesma sociedade e também da cultura familiar que estamos inseridos.
A masturbação já foi considerada como um ato de loucura ou de demência, de pecado mortal a um ato de bruxaria, tantos mitos que rodeavam o simples ato de prazer.
Tais mitos nos foram impostos apenas para reprimir nossa pratica sexual uma vez que tal ato deveria ser apenas para fins reprodutivos e não mero ato de prazer.
A masturbação não faz mal à saúde, não causa esterilidade, não tem possibilidade de causar fraqueza no indivíduo e nem diminuição do desejo ou do desempenho sexual desde que seja um ato comedido por isso é que se torna comum e também esperado que esta prática seja vista como normal entre meninos e meninas, homens e mulheres e também entre os idosos de qualquer idade porque  muito mais que o prazer físico a masturbação favorece para o autoconhecimento, não sendo assim motivo para recriminações ou constrangimento.
Para aqueles que hoje estão na idade madura a educação sexual foi uma educação reprimida e repressiva nos quais os conceitos repressores quanto a qualquer manifestação da sexualidade reportavam algo indecente, sujo e imoral e a masturbação não teve um peso menor e é exatamente por isso que esta prática ainda seja algo não comentado e até mesmo proibido entre esta população.
Para aqueles que conseguiram avançar no tempo aceitando e praticando com naturalidade a masturbação eles  precisam ainda se defrontar e ultrapassar as barreiras  dos paradigmas da sociedade, uma sociedade que cultua a ideia em que o idoso seja alguém assexuado, alguém incapaz de dar ou receber  qualquer tipo de prazer que quando manifestado ainda precisam se defender de “rótulos” lançados, ele são chamados  de “velha fogosa” ou ”velho tarado”, são depravados, e indecentes  e é justamente por isso que muitos preferem assumir que “não é mais tempo “para isso” a enfrentar ou precisar se justificar perante familiares ou aqueles que o cercam”.

Do ponto de vista fisiológico, tanto para o homem quanto para a mulher a masturbação é algo natural e que faz parte do desenvolvimento sexual e não traz nenhum malefício à saúde.

Claro que precisamos pontuar que todo ato praticado em excesso tanto para o homem quanto para a mulher torna-se um ato viciante e consequentemente algo não saudável.

Dentro do ponto de vista psicológico é também necessário entender que o excesso de prazer, o prazer denominado “prazer solitário” é também preocupante, pois aquele que se realiza sexualmente sozinho acaba por não sentir desejo de procurar um parceiro para o ato.

Tal atitude vem de respostas aos estímulos praticados, a mente “acostumada” ao prazer solitário consegue entender que o próprio sujeito é capaz de “resolver” sozinho (a) suas necessidades para alcançar o gozo desejado, uma vez entendendo assim a mente responde que não há necessidade de mais ninguém para compartilhar o ato em si.

É então necessário ressaltar que para homens na idade adulta a prática excessiva pode acarretar alguns transtornos no que diz respeito ao desempenho sexual com sua (seu) parceira(o), transtornos estes  que são, retardo  e dificuldade do mantenimento da ereção, diminuição da sensação de prazer,  perda da sensibilidade dos nervos do pênis, exaustão sexual, dentre outras consequências conhecidas no parágrafo anterior.

É importante o conhecimento dos benefícios da masturbação, mas é também importante aprender conhecer seus impulsos e saber domina-los a ponto de não corromper o ato tornando-o algo não controlável.
Portanto vamos pensar, se a sexualidade é vida, a prática da masturbação ameniza tensões, evita depressões, regulariza os batimentos cardíacos, relaxa e da sensação de bem estar, melhora o sono, dentre tantos outros benefícios porque acatar ou reprimir-se a um ato tão especial?

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira
CRP 04/42417

Compartilhe este artigo com seus amigos!
  •  
  •  
  •  
  •  

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.