Quebrando Tabus

 

Existem certos assuntos que mesmo nos dias atuais são considerados tabus principalmente no que diz respeito à mulher.

No texto de hoje vamos esclarecer algumas dúvidas e a melhor forma que encontrei foi classifica-las em forma de perguntas e respostas.

Espero que seja esclarecedor não só para o público feminino mais também para aquele homem especial que quer entender e continuar sendo cada dia mais o homem o companheiro ideal para todas nós.

1 – Na menopausa a mulher fica sem lubrificação?

2- Existe no mercado produtos que podem ajudar?

3- Nos dias de hoje a mulher ainda pode ter vaginismo aos 50 anos?

4- Masturbação feminina ainda é um tabu?

 

A mulher e a menopausa

A menopausa é o período em que a mulher vive após a última menstruação período também que se encerra os ciclos ovulatórios

Existe um período de transição que é mais ou menos de 1 ano a partir do último ciclo este período é chamado de climatério que também podemos dizer que é a passagem do período fértil.

Não há uma idade exata para a menopausa, ela pode ocorrer entre os 45 à 55 anos ou mais, dependendo de cada organismo

Nesta fase podem ocorrer sintomas que alteram tanto o comportamento emocional quanto físico na mulher eles são:

– Diminuição da memória e da atenção, Ressecamento vaginal, suores e ondas de calor, diminuição ou perda temporária do desejo sexual, insônia, risco maior de osteoporose, aumento do risco cardiovascular e em algumas mulheres a depressão também é um dos sintomas.

No que diz respeito ao Ressecamento vaginal, ele ocorre devido a alguns fatores que estão diretamente ligados à menopausa.

Algumas alterações da genitália além de neuropsíquicas e hormonais podem ocorrer nesta etapa da vida.

A diminuição do estrógeno que é o hormônio feminino do prazer e do desejo sexual e que também responsável em manter a elasticidade e a umidade vaginal pode causar a perda da libido, pois no momento do coito a falta de lubrificação e a causa de desconforto e dores.

Aconselhamos o uso de gel a base de água, eles são encontrados facilmente nas farmácias e vão ajudar lubrificando as paredes vaginais na hora do coito evitando atritos que podem ferir e até mesmo causar infecções. Outros géis como, por exemplo, os a base de óleo não são recomendados porque podem causar irritação vaginal.

Vaginismo e a idade

Vaginismo é o nome dado à contração involuntária da musculatura vaginal na hora do sexo e também podemos dizer que seja como um reflexo  impossível de ser controlado.

Existem vários fatores que desencadeiam tal reação e elas podem ser pelo o simples medo da penetração ou por infecções vaginais, alergias, alterações na anatomia vaginal dentre outros, pode ser desencadeado também por fatores psicológicos, emocionais ou inconscientes como, por exemplo, pelo fato de ter tido um abuso sexual no passado, por lembranças desagradáveis e dolorosas relacionadas a experiências sexuais, por ter tido uma educação sexual rígida e repressora, uma religiosidade extrema ou por falta de informação quanto ao que é o ato sexual.

A falta de conhecimento do próprio corpo também é um dos fatores desencadeantes do vaginismo.  Não conhecendo as reações advindas dos estímulos do parceiro a mulher pode inconscientemente se “trancar” a tais reações impedindo o organismo de absorver e responder adequadamente impedindo a lubrificação e inconscientemente tais contrações são inevitáveis.

O vaginismo pode afetar mulheres de qualquer idade e também comum entre os 50 e 60ª anos o vaginismo pode se manifestar por consequência da menopausa.

O ressecamento vaginal e o comprometimento da elasticidade vaginal nesta etapa da vida podem causar dor durante as relações sexuais, o atrito pode causar ferimentos, pequenas fissuras que podem sangrar, o medo ocasionado pela dor pode desencadear espasmos inconscientes no períneo vaginal impedindo a penetração.

O Vaginismo é uma doença e como tal necessita de atenção, cuidado e tratamento, mulheres que tem vaginismo precisam de apoio além de medico, psicológico, existem tratamentos adequados e direcionados a pacientes ou ao casal.

O primeiro passo é a identificação exata do problema, um terapeuta sexual é o profissional indicado para tal avaliação, depois de avaliada a mulher necessita buscar ajuda psicológica, pois, a associação de ambos será fundamental para melhores resultados e consequentemente a cura do problema.

Um fator importante tanto para a mulher mais jovem quanto para as mulheres acima de 50 anos é entender o que se passa conhecendo e sabendo que vaginismo tem cura.  Confiar em si própria, ter confiança em seu ginecologista e falar abertamente sobre o problema é importantíssimo. Querer mudar e aceitar ser ajudada é um passo essencial, cada etapa vencida no tratamento pode ser considerada como uma vitória alcançada e o caminho se encurtando para a cura definitiva.

Mulher e o Tabu da masturbação

Masturbação, ato de estimular os órgãos genitais, manualmente ou por meio de objetos com o objetivo de obter prazer sexual seguido ou não de orgasmo. Podendo ser auto aplicada a masturbação também pode ser recebida pelo parceiro.

A masturbação feminina em algumas culturas é ainda considerada tabu. Os preconceitos que cercam o tema ainda são muitos e pouco comentado entre as mulheres principalmente as que tiveram uma educação repressora aprendendo que masturbação pode causar doença, que é um distúrbio psicológico e até mesmo “pecado”.

Ao contrário do que se pensam, a masturbação é uma forma natural e adequada psicologicamente para o desenvolvimento sexual do ser. Em se tratando da mulher aquela que pratica a masturbação tem maiores chances de terem um orgasmo mais satisfatório durante uma relação sexual porque aprenderam conhecer seu corpo e dele tirar maior proveito no que diz respeito à satisfação física.

Algumas mulheres podem não admitir certas situações que viveram e que provocaram satisfação sexual em uma forma de masturbação indireta tal como: – escorregar em corre mão de escadas, cavalgar, jatos de água dentre outras “brincadeiras” que mesmo sem a intenção do gozo, o atrito do órgão genital feminino estimulado consequentemente provocou situações de extrema agradabilidade.

Sabemos que o cérebro é quem comanda toda nossa sexualidade e todo nosso desejo de manter acesa a chama do prazer Usando a imaginação a mulher pode atingir o clímax desejado e no que diz respeito a mulher com mais de 50 anos cuja a masturbação passou fazer parte de sua vida por alguma razão ela precisara além de usar a imaginação,  ser ainda mais criativa, ela poderá descobrir na masturbação além do prazer sexual, uma forma diferenciada de relaxamento, ela pode usar  desta experiência para manter-se sempre calma mantendo-se apenas em uma posição  disfrutando do toque no clitóris e na vagina ou até mesmo poderá percorrer  todo seu corpo estimulando todos os órgãos receptíveis a tais estímulos.

O assunto masturbação por mais que seja considerado algo “pecaminoso” e ainda seja um assunto tabu deve ser visto e encarado como um ato normal, pois é importante para manter as glândulas em atividade e a lubrificação vaginal Com a  masturbação pode-se evitar que os órgãos genitais femininos se atrofiem por não estarem sendo estimulados.

Masturbar em uma idade avançada é uma prática saudável que ajudará a tornar a mulher mais bem disposta e entusiasmada para perceber que a “carência” poderá repercutir em outras áreas de sua vida pessoal.

A mulher em qualquer idade precisa entender que seu corpo é uma fonte de prazer constante e que quando bem estimulado e corretamente conhecido ele poderá ser a fonte de satisfação pessoal através da masturbação.

A masturbação feminina mesmo sendo ainda rara e em proporção mínima em relação a população total de mulheres ela tem sido alvo de apreciação e de estudos fato que levará a maior conscientização de que “não é pecado se masturbar”, que agindo impulsionada pelo prazer a masturbação só trará benefícios à mulher e que mesmo ela não tendo ainda liberdade de conversar sobre o assunto com as amigas o ideal é que ela procure seu ginecologista e fale abertamente sobre o tema esclarecendo dúvidas e sendo orientada corretamente sobre a prática.

Ajuda psicológica nestes casos também são bem vindas, um profissional da psicologia está apto a trabalhar a conscientização da necessidade do ato assim como a mudança de comportamento e a aceitação do fato.

Portanto masturbação feminina não é mais um tabu como era antes considerado e cientificamente comprovado só benefício pode trazer.

Pense nisso.

Um abraço carinhoso

Gilwanya Ferreira

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