Oh! Como ela está bonita, está GOORRDA!, Ah, ela está linda, gordinha, sadia…
Termos que muitos idosos usam até hoje nos seu dia a dia, antigamente a beleza principalmente da mulher era avaliada pelos quilos que elas tinham a mais, uma mulher magra era considerada “doente” “sofredora” e o homem, um homem doente, “passando falta das coisas”, passando fome…
Pessoas com mais de 50 anos hoje conhecem estes termos e estes dizeres dos “antigos”, porém, as coisas mudaram, os padrões de beleza mudaram as pessoas hoje avaliam a beleza pela magreza e esbeldade. Modernidade até mesmo em cima de uma balança…
Sabemos que ter um corpo pesado sobrecarrega a estrutura corporal do ser humano, fomos criados para mantermos uma estrutura corporal regular, estrutura que se calcula baseando-se na altura, idade e sexo do sujeito.
Muitas pessoas não se importam com a obesidade, mantem um corpo pesado acarretando sobrecarga em vários segmentos tanto externos quanto internos.
Um corpo pesado pode prejudicar a coluna, a circulação sanguínea fica mais lenta, tem grandes chances de ter diabetes, colesterol. O obeso tem maior probabilidade de ter problemas cardíacos, triglicérides, hipertensão arterial, etc.
Ser gordo pode prejudicar inclusive o desenvolvimento cerebral, o desempenho sexual e pode provocar inclusive algum tipos de câncer além de outros muitos “prejuízos” que causam à saúde e ao bem estar.
Referindo-se a obesidade na idade madura, poderemos dizer que hoje se tornou um foco de atenção e de preocupações tanto da saúde pública quando dos familiares que convivem com tal situação.
Sabemos que com o avançar da idade alguns fatores podem interferir no bom desempenho hormonal e consequentemente causar obesidade tanto no homem quanto na mulher. Outro fator desencadeante da obesidade nas pessoas maiores é o fato de que nesta idade a preocupação com a estética e a beleza corporal já não tem o mesmo significado de antes, muitos deixam de praticar exercícios físicos com a mesma frequência de antes ou não podem mais pratica-los devido a algum tipo de limitação natural deste período de vida.
Nas mulheres é mais comum a obesidade do que nos homem mais velhos, devido a excessiva baixa hormonal e a mudança naturais do corpo feminino tais como o embranquecimento dos pelos, a flacidez da pele, o aparecimento de rugas e marcas naturais da idade, todos estes fatores interferem na qualidade de vida da mulher e consequentemente baixando sua auto-estima ela passa a não se importar com o peso deixando muitas das vezes chegar ao extermo não desejável à saúde.
Estudos comprovam que as pessoas com faixa etária acima de 60 anos a obesidade atinge 24% das mulheres e apenas 9% dos homens este mesmo estudo comprovou que isso acontece devido a naturalidade com que as mulheres desta idade encaram a obesidade.
Um fator preocupante em se tratando de pessoas idosas é a compulsão alimentar, estudos puderam comprovar que existem várias razões para que este distúrbio se instale no idoso e muitas das vezes sem chance de cura.
Em entrevista feita com pessoas acima de 60 anos foi comprovado que a solidão, o estresse, a tristeza, o sentimento de inutilidade, o abandono dentre outros, são fatores que interferem na compusão alimentar.
O idoso quando se sente assim passa usar o alimento como uma válvula de escape para seus problemas, começa comendo para “distrair” suas dores e em pouco tempo comem impensadamente, o que classificamos como compulsão.
Não menos comum são idosos com algum tipo de demência que também adquirem o hábito da compulsão alimentar, o fato de não se lembrarem de que se alimentaram e não terem mais noção de saciedade o levam a comer compulsivamente, assaltando geladeiras, alimentos expostos e também escondendo alimentos para comerem em outro momento.
Em ambos os casos o alimento servirá não apenas para nutrir e manter um corpo saudável mas também como “companheiro” para as horas difíceis e este é o maior problema, pois são nesses excessos que a obesidade se instala.
Um acompanhamento psicológico com um profissional da psicogterontologia pode ajudar nestes casos pois nos encontros programados são trabalhados as carências, a compreensão do momento vivido, são aplicadas técnicas adequadas tais como relaxamento, reestruturação cognitiva que ajudam na mudança das crenças atuais, dentre outros. Fatores estes que vão ajudar o idoso a ter uma qualidade de vida e um bem viver diferente e adequado a sua condição.
A ajuda de familiares, de amigos e cuidadores também são de suma importância, pois tendo o apoio necessário o idoso não se sentirá excluído e consequentemente seguirá seus dias com mais tranquilidade e sentindo-se feliz.
Pense nisso.
Gilwanya Ferreira
Psicóloga Clínica
Psicogerontóloga
Capacitada em Sexologia Clínica.