Velhice não significa não ter mais objetivos ou sonhos a serem realizados, pelo contrário, muita das vezes o idoso planeja dias melhores “depois da aposentadoria”.
Após de ter criado seus filhos, já construído sua casa, já trabalhado o suficiente chega “a sua vez”, e então engana – se quem pensa que estes sonhos não podem mais ser realizados, pelo contrário, para muitos, esta é exatamente a hora certa.
Pensar nessa fase da vida como sendo ainda produtiva e possível de ser bem vivida e ainda em tempo de realizar muitos sonhos, de certa forma é uma tarefa não só do idoso mais também dos familiares e de todos nós.
A cada dia que passa os brasileiros estão mais envelhecidos, pessoas com mais de 60 anos representam 13% da população geral do país, o que já é considerado um número representativo na fatia populacional.
É nesta fase que acontecem uma série de alterações emocionais, psíquicas, físicas e sociais, por isso cuidar passa ser algo muito importante e cuidar com um profissional da psicologia do envelhecimento um Psicogerontólogo é ainda melhor.
A forma com que cada idoso lidará com essas questões contribuirá de forma positiva ou negativa para a sua qualidade de vida, mas nem sempre é fácil assimilar e aceitar todas as transformações sozinhos.
Muitos chamam esta fase da vida de a “melhor idade”, mas a velhice é uma fase que pode ser produtiva ou não, o indivíduo pode desfrutar desta época sendo saudável e mantendo uma qualidade de vida diferenciada. Por outro lado, as crises também podem surgir desencadeando vários fatores que muitas das vezes são vistos como “naturais da idade” tais como: demência, luto, mudanças físicas e orgânicas, perdas cognitivas, dificuldades financeiras, perda de papéis sociais, e dependência tanto física quanto emocional.
Todos estes fatores quando não trabalhados adequadamente podem desencadear sérios transtornos na vida deste sujeito tais como, ansiedade, angustia, depressão, vícios, isolamento social, baixa autoestima entre outros fatores que vão interferir na qualidade de vida e consequentemente “jogar por terra” todos os sonhos planejados de uma vida.
É importante que o indivíduo ao longo de sua vida se prepare tanto financeiramente, como emocionalmente, fisicamente e psicologicamente para enfrentar esta nova fase.
Entender que nesta etapa da vida tanto se ganha quanto se perde e que envelhecer é sinônimo de mudar facilita positivamente que novas possibilidades surjam sem maiores transtornos, entendo que o contrário também é possível.
O Psicogerontólogo na TCC, Terapia Cognitivo Comportamental, ajudará porque esta abordagem é muito recomendada para esta faixa etária, por ser caracterizada como sendo uma terapia direta, estruturada e educativa.
O Psicogerontólogo que trabalha com a Terapia Cognitiva Comportamental tem como foco o problema atual sendo que também é possível pensar no processo como sequencial, fazendo com que o paciente aprenda sobre o processo e participe do mesmo ativamente.
Orientando e também estimulando uma melhor qualidade de vida, o Psicogerontólogo pode utilizar de técnica e treinos adequados que vão ajudar tanto o idoso quanto familiares e cuidadores a entenderem melhor a lidarem com as novas condições de vida, com as habilidades sociais, com as condições de saúde tanto física quanto emocional, dentre outros fatores.
O Psicogerontólogo também pode conduzir o sujeito em questão quanto a conscientização de que sonhos planejados por tantos anos podem sim ser realizados e que mudando o comportamento e as atitudes atuais só podem fazer grandes diferenças.
É bom lembrar que em todos os casos o apoio da família, o respeito quanto à subjetividade do idoso é fundamental para que este se sinta acolhido e para que também possa ser preservado o sentimento de pertencimento.
Todo este suporte com certeza vai motivar o idoso a manter boas expectativas em se tratando de manter acesa a chama de suas vidas e consequentemente de que seus sonhos ainda podem ser realizados.
Pense Nisso.
Gilwanya Ferreira
Psicóloga Clínica
Psicogerontóloga
Capacitada em Sexologia Clínica.