Hipocondria na terceira idade

 

A hipocondria é um distúrbio no qual o indivíduo refere-se a sintomas físicos e mostra-se particularmente preocupado por acreditar que eles representam uma doença grave.

O hipocondríaco acredita que existe a doença e reconhece a presença dela e todos os sinais e sintomas característicos em seu próprio organismo.

O hipocondríaco tem pensamentos obsessivos e em muitas das vezes entra em estado de pânico fazendo com que ele busque ajuda médica inúmeras vezes apenas pelo fato de imaginar-se com tal enfermidade.

O hipocondríaco é altamente sugestivo podendo inclusive ingerir medicamentos por automedicação imaginando ter contraído a mesma enfermidade comentada por alguma pessoa conhecida ou por ouvir através dos meios de comunicação. Por exemplo, o hipocondríaco ouve falar em uma possível epidemia de gripe se ele tem uma leve tosse ele passa acreditar ter contraído tal gripe e que a mesma o levou a uma tuberculose, ele ingere medicamentos para se sentir “curado” e consequentemente ele se sentirá mais feliz.

Como a hipocondria é algo mental qualquer medicamento usado pode curar ou agravar o estado de saúde do sujeito. Ela é um estado psíquico que alimenta crenças infundadas e vem associada a um medo irracional da morte e uma obsessão pela observação constante do corpo e dos sintomas por ele apresentado e da descrença total nos diagnósticos médicos.

Associado à hipocondria vem a tristeza e a melancolia e o portador desta enfermidade pode ser um sujeito de qualquer idade.

Em se tratando de pessoas mais velhas imagina-se que a hipocondria possa surgir  quando os mesmos por se sentirem sós e carentes de afeto querem chamar atenção dos que ainda estão à sua volta ou até mesmo por medo consciente ou inconsciente da morte.

Consideramos que a hipocondria esta instalada quando não mais se pode ouvir ou falar de qualquer sintoma de qualquer doença sem que a mesma se instale de modo definitivo na pessoa hipocondríaca.

É uma patologia séria que precisa ser tratada, é uma doença fictícia que leva a sofrimentos reais e um prejuízo incalculável na saúde do sujeito.

Nestes casos a melhor opção é pedir ajuda a um profissional da psicologia e no caso de pessoas idosas o psicogerontólogo é o mais indicado, pois ele com sua especialização na psicologia do envelhecimento poderá usar de técnicas que vão ajudar o sujeito em questão a discutir seus problemas, desconstruir seus medos, suas angustias e construir novos valores que o levarão a uma possível solução e a uma melhor qualidade de vida e um bem viver totalmente diferenciado dos demais.

Pense nisso.

Gilwanya Ferreira

Psicóloga Clínica

Psicogerontóloga

Capacitada em Sexologia Clínica.

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